Jair Bolsonaro (PP/RJ) Tem orgulho de ser ?

04/07/2011 21:52

 

     Durante o julgamento da representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) no Conselho de Ética da Câmara, rejeitada ontem por dez votos a sete, a maioria dos integrantes do colegiado entendeu que o deputado tem o direito de expressar a sua opinião e, portanto, votou contra o relatório de Sérgio Brito (PSC-BA), que pedia a abertura do processo.
    Durante a sessão, Bolsonaro trocou acusações com Jean Wyllys e Chico de Alencar (PSOL-RJ). Wyllys disse que Bolsonaro tinha que limpar sua boca para lhe dirigir a palavra. “Tenho orgulho de ser chamado de veado por outro veado. E o senhor tem que lavar a boca, pois sou homossexual com “h” maiúsculo, de homem, coisa que o senhor não é”, frisou.

    Wyllys disse que Bolsonaro usou da homofobia, que não é crime, para justificar o crime de racismo. A representação contra Bolsonaro, de autoria do PSOL, diz que ele foi racista ao responder uma pergunta da cantora Preta Gil, durante o programa CQC, da Rede Bandeirante, em março próximo passado. Ao ser questionado qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”.

    Estamos mesmo no país das baixarias, das CPI’s que não levam a lugar algum, das pizzas que não matam a fome, das batalhas sem vencedores, dos julgamentos sem sentença, da vergonha que não tem rosto, onde na luta por suas classes oprimidas, parlamentares fazem do Plenário da Câmara lavanderia de roupas sujas, em detrimento de mais visibilidade midiática e pouco trabalho, é isso que se vê. “O plenário da Câmara é lugar de trabalhar pelo povo e não de se discutir preferências pessoais de quem quer que seja, isso é um desrespeito para com o próprio povo”, disse uma secretária